Quando um casamento chega ao fim, a separação de bens costuma ser um dos momentos mais delicados do processo. Em um divórcio litigioso, onde não há consenso entre as partes, a partilha de bens pode se transformar em um verdadeiro campo de disputa. Nesse contexto, o planejamento prévio faz toda a diferença para proteger direitos, reduzir desgastes emocionais e agilizar a decisão judicial.
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O que é a partilha em um divórcio litigioso?
A partilha de bens é a divisão do patrimônio adquirido pelo casal durante o casamento ou união estável. Quando o divórcio é litigioso, isso significa que os cônjuges não conseguiram chegar a um acordo sobre a divisão, sendo necessário que o juiz decida conforme a lei e as provas apresentadas.
Conheça o regime de bens do casamento
O primeiro passo do planejamento é entender qual regime de bens foi adotado no casamento:
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Comunhão parcial de bens: tudo o que foi adquirido após o casamento é dividido igualmente, salvo exceções como heranças e doações.
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Comunhão universal: todos os bens, adquiridos antes e durante o casamento, entram na divisão.
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Separação total de bens: cada um mantém o que está em seu nome.
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Participação final nos aquestos: cada um administra seus próprios bens, mas há divisão dos adquiridos em conjunto.
Saber disso evita confusões e permite organizar a documentação necessária.
Levantamento detalhado do patrimônio
Outro ponto essencial é fazer um inventário completo dos bens do casal: imóveis, veículos, aplicações financeiras, empresas, objetos de valor e até dívidas. A falta de clareza sobre o que existe em comum pode gerar atrasos no processo e até disputas mais longas.
Documentação organizada
Reunir escrituras, contratos, notas fiscais, extratos bancários e comprovantes de propriedade é indispensável. Em um divórcio litigioso, cada parte tende a defender sua versão, e quem apresenta provas consistentes tem muito mais chances de garantir uma decisão justa.
Questões emocionais e financeiras
Um dos maiores desafios da partilha em divórcios litigiosos é separar a carga emocional da questão patrimonial. Muitas vezes, discussões sobre bens escondem mágoas e ressentimentos. Por isso, contar com uma assessoria especializada ajuda não apenas juridicamente, mas também a reduzir o desgaste emocional.
Medidas judiciais possíveis
Em alguns casos, o juiz pode determinar bloqueio de contas bancárias, penhora de bens ou uso provisório de imóveis até a decisão final. Essas medidas buscam impedir que um dos cônjuges dilapide o patrimônio durante o processo.
Alternativas para evitar prolongamentos
Apesar de litigioso, é possível tentar audiências de conciliação e mediação, buscando acordos parciais. Resolver pontos menores de comum acordo já ajuda a agilizar a decisão sobre os aspectos mais relevantes.
VEREDITO
O planejamento da partilha em um divórcio litigioso exige organização, clareza patrimonial e apoio jurídico especializado. Ter documentos em mãos, compreender o regime de bens e separar as questões emocionais do aspecto legal são passos fundamentais para evitar prejuízos e longas batalhas judiciais.
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